07 outubro 2006

há ainda uma palavra perdida


Há ainda uma palavra perdida no cansaço de mais um dia,
no peso das tuas mãos,
no limite de uma praia vazia.
.
Do que escrevo e do que sou... nem eu sei para onde vou,
apenas um vagabundo de cada hora perdida,
na agonia prolongada de uma vontade desconhecida.
.
Do sangue quente onde bebo os erros do tempo,
acabo prisioneiro de um mar onde afinal nada se sabia.
E acorrentado à própria vida onde a raiva se sacia,
solto apenas um beijo na chama de um inevitável lamento.