Isolam-se as mãos, percorrem os dias em rios sem margens. Comprometo-me na certeza de cada beijo e de cada gesto que ostentam a madrugada. E assim me deixo ao abandono de cada palavra tua, e sinto-me corar quando dizes que me amas.
Assisto à coroação da chuva pela noite sem madrugada. Perpetuo o silêncio no interior da tua ausência, amarrado à voz deste amar, deste bater de asas, aconchegado, e tantas vezes sonhado, pelas mãos que anseio ver chegar.