07 fevereiro 2006

Isolam-se as mãos


Isolam-se as mãos,
percorrem os dias
em rios sem margens.
Comprometo-me na certeza
de cada beijo e de cada gesto
que ostentam a madrugada.
E assim me deixo ao abandono
de cada palavra tua,
e sinto-me corar
quando dizes que me amas.

01 fevereiro 2006

Deste amar...


Assisto à coroação da chuva
pela noite sem madrugada.
Perpetuo o silêncio no interior
da tua ausência,
amarrado à voz deste amar,
deste bater de asas,
aconchegado,
e tantas vezes sonhado,
pelas mãos que anseio ver chegar.