19 janeiro 2006

e do mar vieste...


Do silêncio das palavras
corre o vento sem destino,
chega na alvorada do teu nome
pelo mar,
e do mar que o viu chegar.
Palavras,
marítimas tempestades de quem não quis,
de quem não soube ficar.
Deixei há muito
aquele campo de espigas sem fim,
e percorro agora
errante o caminho aberto
pela mão de uma criança.
E de repente, solto-me de mim
e das águas,
e vou por aí,
por ti,
para em ti naufragar.

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