28 janeiro 2006
Como a primeira vez
Os lábios procuram-se,
ansiosos,
como singelos rebentos singrando
pela madrugada,
até que o sangue venha inundar
a pele em flor,
e corra espesso pelas curvas da chegada.
Provocas-me os dedos
na volúpia da tempestade, sonham
pelos teus ombros vazios,
desnudados.
E as mãos, as minhas, possuem
redes de linho, procurando
embalar as aves na orla
dos teus seios lassos.
E na humidade de um beijo,
cresce em mim,
um cavalo de fogo, desperto
pelo contacto breve
das tuas ancas perfumadas,
e sinto-lhe o turpôr,
alucinante,
como se o meu corpo
fosse um exército cansado,
desejando a paz que no teu corpo é furôr.
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1 comentário:
Amo-te hoje, amanhã e sempre.
Ana
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